sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dalí de onde eu vi
Nuvens tão cinzas,
anunciando despedidas
Para um outro existir

Dali de onde eu vi
Um sufocar da garganta
De uma sede tanta,
que não tinha água pra suprir

Dalí de onde eu vi
O sentimento dar lugar,
Ao ouro tolo e calar,
Quando outro quer ouvir.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Do outro lado eu olhava
As duas margens do rio
Passado o tempo que esconde
Onde é o tempo que é hoje,
Onde é o tempo que é ontem,
Lavado na correnteza
Despejado nas belezas
Que vão além de horizontes
Cidade vil
Os que por tua superficie pisam
Não imaginam terreno tão hostil
Mastiga tantos
Mastiga prantos
Mastiga gente
E cospe santos

Da falta que sentem
Da falta que fazem
Pouco caso te causa…

Mastiga pobres diabos
Escarra santos na calçada

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Caído Corpo

Caído corpo
é onde olha os olhos
sem esforço
Um igual ao
seu
caído corpo
É onde olha
os olhos
sem esforço